Domingo, 18 de Março de 2007
Queridos jovens
Em primeiro lugar, gostaria de vos dizer obrigado pela vossa alegria, obrigado por esta preparação. Para mim, é uma grande alegria ter-vos dado um pouco de luz com a minha visita. Assim conclui-se agora o nosso encontro, encerra-se a minha breve mas intensa visita. Como foi recordado, é o meu primeiro contacto com o mundo dos cárceres desde que sou Papa. Ouvi com atenção as palavras do Director, do Comandante e de um vosso representante, e agradeço-vos os cordiais sentimentos que me manifestastes, assim como os bons votos que me formulastes por ocasião do meu onomástico. Além disso, senti que ainda está viva entre vós a lembrança do Cardeal Casaroli, chamado familiarmente Padre Agostinho. Ele falou-me várias vezes destas suas experiências, onde se sentia sempre muito amigo, muito próximo de todos os rapazes e moças presentes aqui nesta cadeia.
Vós, estimados jovens, vindes de várias nações: gostaria de permanecer mais tempo convosco, mas infelizmente o tempo é limitado. Talvez encontremos outra vez um dia mais longo. Todavia, sabei que o Papa vos quer bem e vos acompanha com carinho. Depois, desejo aproveitar esta ocasião para estender a minha saudação a todos aqueles que estão no cárcere e a quantos, de vários modos, trabalham no âmbito penitenciário.
Prezados jovens, hoje para vós é um dia de festa, como foi dito: o Papa veio visitar-vos, estão presentes o Ministro da Justiça, várias Autoridades, o Cardeal Vigário, o Bispo Auxiliar, o vosso Capelão, muitas outras personalidades e amigos. Portanto, um dia de alegria. A própria liturgia deste domingo começa com um convite a viver no júbilo: "Alegra-te!", é a primeira palavra com que começa a Missa. Mas como podemos ser felizes, quando sofremos, quando somos privados da liberdade, quando nos sentimos abandonados?
Durante a Missa, recordamos que Deus nos ama: eis a fonte da verdadeira alegria. Embora tenhamos tudo o que desejamos, às vezes somos infelizes; ao contrário, poderíamos estar privados de tudo, mesmo da liberdade ou da saúde, e estar em paz e na alegria, se dentro do coração estiver Deus. Portanto, o segredo está aqui: é necessário que Deus ocupe sempre o primeiro lugar na nossa vida. E o verdadeiro rosto de Deus foi-nos revelado por Jesus. Caros amigos, antes de vos deixar, asseguro-vos de todo o coração que continuarei a recordar-vos diante do Senhor. Estareis sempre presentes nas minhas orações.
Antecipo-vos os bons votos para a próxima festa da Páscoa e abençoo todos vós. O Senhor vos acompanhe sempre com a sua Graça e vos oriente na vossa vida futura.
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