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MENSAGEM VÍDEO DO PAPA FRANCISCO
 AOS PACIENTES DA POLICLÍNICA UNIVERSITÁRIA
 «AGOSTINO GEMELLI» DE ROMA

 

A seguir à malograda visita do Papa Francisco à Policlínica «Agostino Gemelli» e à sede da Faculdade de Medicina e Cirurgia da Universidade Católica do Sagrado Coração em Roma — programada para o dia 27 de Junho passado, no âmbito das celebrações para o 50º aniversário de fundação desse hospital romano, e anulada no último momento devido à uma repentina indisposição do Santo Padre — na manhã de 13 de Julho foi transmitida nalguns programas televisivos e depois posta à disposição dos doentes, uma mensagem vídeo gravada pelo Pontífice.

 

Já entramos na estação do Verão: muitos partem para descansar um pouco; as férias constituem um momento em que podemos também estar em companhia de Jesus por um tempo mais prolongado, ou reler algumas páginas do Evangelho e descansar. No entanto, o Verão torna-se também um período difícil sobretudo para os idosos e para os enfermos que permanecem sozinhos e que enfrentam maiores dificuldades de aceder a alguns serviços, sobretudo nas cidades grandes. Assim, o tempo do descanso é também o período em que as dificuldades da vida parecem tornar-se ainda mais acentuadas.

Permiti-me dirigir o meu pensamento a todos os enfermos, certamente, mas de modo particular aos doentes internados no Gemelli que a 27 de Junho, festa do Sagrado Coração, estavam à minha espera. Sei que tudo tinha sido preparado com entusiasmo e paixão, também para recordar o cinquentenário da inauguração em Roma da Policlínica universitária «Agostino Gemelli», anexa à Faculdade de Medicina e Cirurgia. Tudo estava pronto; aliás, como pudestes ver, os meus colaboradores mais estreitos já se encontravam no Gemelli, mas poucos minutos antes de partir, uma forte dor de cabeça que eu sentia desde a manhã, e que esperava que passasse, foi piorando e a isto acrescentou-se também um enjoo, e assim não consegui ir!

Compreendo a desilusão não só dos responsáveis, mas também de todos aqueles que trabalharam com tanto esforço e paixão. Entendo sobretudo a decepção dos doentes, já prontos para poder rezar juntos durante a Santa Missa, que eu teria podido saudar pessoalmente.

Penso precisamente em vós, enfermos, atendidos com amor e profissionalidade pelo pessoal médico e paramédico do Gemelli: cultivai na oração o gosto pelas realidades de Deus, sede testemunhas de que somente em Deus se encontra a vossa força. Vós, doentes, que experimentais a fragilidade do corpo, podeis testemunhar vigorosamente às pessoas que estão ao vosso lado, como o bem inestimável da vida é o Evangelho, o amor misericordioso do Pai, e não o dinheiro nem o poder. Com efeito, mesmo quando uma pessoa é importante, segundo as lógicas mundanas, não consegue acrescentar nem um só dia à sua própria vida.

Agradeço de coração também a todo o pessoal administrativo e às milhares de pessoas que foram ao Gemelli das sedes italianas da Universidade católica: Milão, Brescia e Piacenza-Cremona. A todas estas pessoas dirijo o meu agradecimento pessoal, e estai certos de que sei com quanta dedicação e paixão desempenhais o vosso trabalho. Dirijo uma saudação cordial ao presidente do Instituto «Toniolo», Cardeal Scola, e ao assistente-geral da Universidade católica, D. Claudio Giuliodori.

Deveis saber que desejei muito realizar esse encontro convosco mas, como bem sabeis, não somos donos da nossa vida e não podemos dispor dela a nosso bel-prazer. Devemos aceitar as nossas fragilidades. Juntamente comigo, cultivai a confiança de que somente em Deus se encontra a nossa força. Confio-vos a Maria e continuai a rezar por mim, porque preciso das vossas preces.

 


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