Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Estou feliz por me encontrar convosco que, de vários modos, colaborastes na realização do Concerto com os pobres , que terá lugar esta tarde na Sala Paulo VI. Estou feliz e quero agradecer-vos. Cada um de vós deu a sua contribuição; e Monsenhor Frisina conseguiu mais uma vez orquestrar o conjunto. É mais fácil fazer harmonia com as notas do que com as pessoas... mas não é o vosso caso! Conseguistes criar harmonia entre vós, obrigado!

 Agradeço-vos porque, envolvendo tantas pessoas, conseguistes oferecer um concerto gratuito a milhares de indigentes, e com a música propondes um momento de encontro, de partilha, e depois a refeição e cobertores; em síntese: fraternidade! Isto é muito coerente com a mensagem do Natal!

O vosso concerto é com os pobres. Isto é decisivo, este com  é a chave. Passar do para ao com. Passar do para os pobres ao com os pobres. Começa-se com o para, mas quer-se chegar ao com. E isto é cristão! Deus veio para nós, mas como? De que modo? Veio habitar com todos nós, aliás, tornando-se semelhante a nós. Este mistério deixa-nos sempre sem palavras. É demasiado grande, ultrapassa-nos. E no entanto, podemos experimentá-lo no encontro com o outro, diferente de mim: quando o meu dar algo a ele ou a ela se torna um receber, uma partilha, uma amizade. Do para  ao com .

Caríssimos, agradeço-vos e peço-vos que rezeis para que isto aconteça: não basta a música, não bastam as luzes e os adornos, não, é preciso a oração! Confiemo-la à intercessão de Maria, nossa Mãe. Rezo por vós. E abençoo todos vós e os vossos entes queridos, e desejo-vos feliz Natal! E peço-vos que oreis por mim. E se alguns de vós não rezam, pelo menos transmitam-me ondas positivas, que são necessárias neste mundo! Obrigado