Caríssimos Irmãos e Irmãs

1. Hoje, último domingo do Ano litúrgico, celebramos a solenidade de Jesus Cristo, Rei do universo. Ao longo dos meses contemplamo-lo em todos os seus mistérios, do nascimento à ascensão ao céu, e ao centro, a Páscoa da morte e ressurreição. Ora, com o apóstolo Paulo, reconhecemos que o desígnio de Deus é "recapitular em Cristo todas as coisas, as do céu e as da terra" (Ef 1, 10).

2. Olhando para Aquele que a liturgia oriental chama "Pantocrator", assume pleno relevo a missão dos crentes, chamados a cooperar, na variedade dos ministérios e dos carismas, na construção do seu Reino. Nesse pano de fundo agrada-me colocar também um particular evento eclesial que tem lugar nestes dias em Roma. Refiro-me ao Congresso de Música Sacra da Associação Santa Cecília organizado no centenário do Motu proprio "Tra le sollecitudini", com o qual o Papa São Pio X emanou uma importante Instrução sobre a música sacra.

Dirijo aos numerosos participantes a minha cordial saudação e expresso o reconhecimento a todos os que colocam ao serviço da liturgia os seus talentos e as suas competências musicais.

3. Com Jesus, Rei do universo, contemplemos Maria, a Mãe do Rei, que por isso invocamos como Rainha do Céu e da Terra. Que Ela nos ajude a fazer da nossa vida um canto de louvor e de fidelidade a Deus, santo e misericordioso.

Depois do Angelus

Saúdo os participantes no Festival Internacional de Música e Arte Sacra, principalmente os amigos da música sacra provenientes da Alemanha, a Wiener Philarmoniker da Áustria, os músicos de São Petersburgo e os coralistas dos Estados Unidos da América.

Saúdo cordialmente os peregrinos de língua espanhola, em especial os fiéis de São Lorenzo e Santo André de Múrcia. Que Cristo, Senhor do Universo, reine sempre nos vossos corações.

Saúdo os peregrinos de língua italiana, em particular a Associação Religiosa dos Institutos sócio-sanitários, que nestes dias celebrará numa Assembleia os quarenta anos de actividade.

A todos desejo um bom domingo.