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DISCURSO DO PAPA JOÃO PAULO II
À DELEGAÇÃO DA PONTIFÍCIA ACADEMIA
 TEOLÓGICA DE CRACÓVIA

Domingo, 10 de Outubro de 1982

 

Reverendo Reitor e Reverendos Professores!

Desejo exprimir a minha alegria pela vossa visita; agradeço-vos esta Delegação; obrigado pelas palavras pronunciadas pelo reverendo Reitor. Desejo apenas dizer que o acto por parte da Santa Sé, para o qual pude contribuir, foi expressão da minha convicção e necessidade do meu coração.

Estou cada vez mais profundamente ligado à minha Alma Mater de Cracóvia. Vivo e sempre vivi as grandes tradições da Faculdade Teológica da Universidade Jagiellónica. Estava e continuo convicto dos particulares deveres do ambiente de Cracóvia para com a cultura polaca e, directamente, no que diz respeito à ciência teológica. Por isso, as duas necessidades — a dos tempos e a do coração — induziram-me a agir, como fiz, ao instituir em Cracóvia a Pontifícia Academia Teológica.

Que augúrio desejo formular por ocasião deste encontro?

O reverendo Reitor recordou a primeira grande data histórica ligada à memória da Beata Rainha Edwiges e de Ladislau Jagiello, em 1397. Daquela data transcorreram quase seis séculos, no curso dos quais o Ateneu Teológico de Cracóvia consagrou-se incansavelmente aos próprios deveres. Escrevia ele a sua grande história, às vezes difícil mas sempre verdadeira: isto é, unida à verdade que o Ateneu serve, e unida ao povo a cujo serviço, na Igreja, ele está dedicado.

Ao olhar para os quase seiscentos anos desde aquela data, auguro-vos que esta nova data, 8 de Dezembro de 1981, tenha semelhantes consequências e traga iguais frutos. Coloquemo-nos diante do futuro, que está nas mãos de Deus!

Seja-me consentido, todavia, salientar duas circunstâncias: o dia em que foi assinado o Motu proprio sobre a Pontifícia Academia Teológica de Cracóvia, 8 de Dezembro, e o dia da Imaculada. O dia de hoje, quando nos encontramos, é o da canonização de São Maximiliano Kolbe, Cavaleiro da Imaculada. Confio, então, os meus bons votos ao patrocínio da Imaculada e de São Maximiliano. Que a Academia sirva a Igreja e, na Igreja, a Pátria!

Por favor, transmiti este meu augúrio a todos os colegas da Academia, de todas as três Faculdades, a todos os estudantes, à inteira comunidade católica de Cracóvia e da Polónia.

 

 

© Copyright 1982 - Libreria Editrice Vaticana



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